Você
me conhecia de vista, mas já sabia como eu era. Sabia que quando eu me envolvia
era para valer. Sabia que eu era meio paranoica e precisa me conter para não
tentar controlar o mundo. E você veio com o seu jeito garotão-maluco-vida louca,
chegou e me mostrou outro lado da vida que eu não conhecia. Um lado mais leve,
sem tanta informação e responsabilidade.
Em
um sábado qualquer nos encontramos e finalmente nos aproximamos. Eu e meu jeito
agitado. Você e seu sorriso fácil. Depois disso, sem querer, passamos a nos
falar mais seguido. Quando percebi, você já era o cara que eu disse que eu não
queria por um bom tempo.
A
cada vez que nos víamos nos aproximávamos mais e, eu sentia que ficava cada vez
mais forte. Você era o amigo que eu precisava e o amor que eu queria. Tudo
junto. A conversa fluía fácil e sempre dávamos boas risadas.
Eu
sinto sua falta. E quero que perceba que, aquele dia, aquela conversa, não foi
para te por contra a parede. Eu havia saído de um relacionamento machucada e
precisava ser sincera comigo. Não sabia o que esperar de você, de nós. Por isso
resolvi perguntar. Eu não te ataquei. Apenas coloquei as cartas na mesa para
entender o que se passava. Comigo. Com você. Eu não queria que acontecesse de
novo.
E
aconteceu.
Mesmo
que você tenha tomado cuidado. Mesmo que eu não tenha me iludido, aconteceu. Eu
tentei, e quando disse que estava desistindo de você, de nós, era verdade. Em
partes. Eu ainda sinto a mesma coisa por você, mas você disse que não vale a
pena insistir. E então ninguém acertou ou errou. Foi apenas falta de sorte.
Acho
difícil que você lembre de mim do mesmo modo que eu lembro de você. Com o mesmo carinho. O fato é que se você
quiser conversar eu ainda estou aqui. Mas eu não vou insistir.







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