O celular tocou. Nova
mensagem.
Saí correndo, tropeçando
pelos móveis. Em uma fração de segundo meu rosto passou por 40 graus, tremi e tive
uma dor de estômago aguda.
(Decepção.)
Não operadora, não quero
me cadastrar na nova promoção.
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Esse tempo tem me feito
bem. Às vezes é bom desligar do mundo e refletir. Repensar os planos. Mudar de
direção, de caminho.
Sabe, não acredito mais
em promessas fáceis, em pessoas que não estão perto de mim e que não fazem nada
para isso mudar. E pior, agem com indiferença.
A indiferença é o pior e mais cruel
sentimento humano. É a hostilidade em pessoa.
Não existe nada que machuque mais. Nem
decepção. Nem traição.
É o inimigo dos amores vazios, dos que
estão indo pro ralo e dos que nem chegaram a ser uma paixão.
A minha nova realidade é
dolorosa, é arriscada, mas é uma boa maneira de encarar as coisas.
É o que mudou. No meu
dicionário,sublinhei a palavra viver.
Tem um ditado que diz: “Novas
cicatrizes disfarçam antigos hematomas.” E isso é a mais pura verdade.
O que acontece na cabeça
de quem a gente quer é um mistério. É o ‘x’ da questão. Um labirinto sem saída.
(Talvez essa seja a parte interessante).
É incrível como nós
garotas, insistimos em nos apaixonar por idiotas. É inevitável. É mais forte que nós.
Mas agora eu vou seguir
em frente. Não vou mais revirar todas as minhas memórias em que você está
presente. Não quero dizer que foi ruim, mas não vou ficar me torturando, vendo
fotos de nós dois, imaginando como estaríamos hoje. Nós não estamos.
É uma pena você ter ido
embora. Uma pena não ter me notado da mesma maneira que te notei. Acho que
teríamos dado certo (se você tivesse deixado).







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